terça-feira, 26 de abril de 2011

06/05 - Medicina e Sociedade de Classes

A 2ª atividade do NESP será realizada no dia 06/05 (sexta-feira) às 17h no CAPB.

Mantendo a proposta de discutir as teorias de saúde e doenças, avançamos nessa etapa para uma discussão sobre o papel da medicina na sociedade atual. A leitura indicada para a discussão é o texto Medicina e Sociedade de Classes, de Maria Cecília Donnangelo. O texto já está disponível:


A apresentação da leitura será feita por Gisele Vieira, dando base para uma discussão posterior com todos os participantes. Ressaltamos a importância da leitura do texto, para melhor aproveitamento da discussão.

Contamos com a presença de todos.

NESP - São Paulo

1º Encontro do NESP discute determinação social do processo saúde-doença

Partimos do entendimento que cada um dos presentes tinha de saúde e de doença, foram levantados conceitos como: “bem estar holístico” em contraposição a um “distúrbio da fisiologia”, além de diversos outros; discutimos o fato do termo doença ser ou não apropriado, visto que é carregado de uma série de conceitos que travam o entendimento da saúde como algo muito mais amplo – diferente de simplesmente a ausência de um processo infeccioso, patológico, físico, específico, etc , como é entendida a doença pela maioria das pessoas. 

A partir daí falamos sobre os modelos biologicista, biopsicossocial, e social, sobre como surgiram e o contexto no qual surgiram. Alguns exemplos foram citados e chegamos à conclusão de que o modelo que melhor compreende os determinantes da saúde-doença dos indivíduos é o modelo social. Apesar do modelo biopsicossocial ter avançado bastante ao considerar outros fatores além da mera infecção ou disfunção fisiológica, ele trata os seus componentes (biológico, psicológico e social) de forma equânime, fato que, como discutimos, não parece ser o mais correto, pois a condição social é a principal determinante de uma série de fatores (nutricionais, de risco, psicológicos, entre outros) que levam o indivíduo a adoecer ou permanecer saudável. 

“A sociedade como está é adoecedora, e está adoecida” - Citação feita durante o encontro

Gisele Vieira

sábado, 2 de abril de 2011

08/04 - Determinação social do processo saúde-doença

A primeira atividade do NESP - São Paulo será realizada no dia 08/04 (sexta-feira) às 17h no CAPB.

Para dar início às discussões, entedemos que se queremos refletir sobre saúde pública e políticas de saúde, precisamos inicialmente caracterizar a saúde e a não-saúde, isto é, a doença.Como em tudo, não existe uma verdade, ou algo que seja certo contra o errado. Existem diversas concepções sobre saúde-doença e sobre a determinação desse processo complexo. Há a definição biologicista, baseada no positivismo, que acredita que a condição de doença é determinada simplesmente pela atividade de organismos patogênicos, como bactérias, vírus, fungos etc. Essa corrente inaugura a medicina moderna e hospitalocêntrica. Também há os que acreditem que a saúde e a doença são determinadas num contexto biopsicossocial, onde esses três fatores (biológico, psíquico e social), de maneira igual, interagem sobre o processo saúde-doença. Essa teoria, nos últimos anos, tem sido chamada de multifatorial, porque agregou outros fatores, como espiritual e ambiental aos determinantes de saúde. No entanto, há uma crítica muito forte em colocar as condições sociais no mesmo patamar das outras. E nesse caso, quando falamos em fatores sociais, referimo-nos à inserção dos indivíduos na sociedade, ou seja, em que lugar da organização social eles estão inseridos (é importante diferenciar isso do contexto de classe social pregado na atualidade, baseado em fatores como renda per capita, número de cômodos na residência e quantidades de televisores que uma família possui). Assim, é conhecida como determinação social do processo saúde-doença a corrente de pensamento que acredita que a maneira como a sociedade se organiza e a forma como os indivíduos se inserem nela é que determina em última instância as condições de adoecimento dos humanos.

Avaliamos que os modelos biológico e biopsicossocial são largamente debatidos tanto durante a graduação como também são de conhecimento público. Por isso, escolhemos discutir a determinação social do processo saúde-doença na nossa primeira atividade. 

A leitura indicada para a discussão é o texto A produção social do humano e a determinação da saúde e da doença, de autoria do Prof. Guilherme de Albuquerque (UFPR). O texto está disponível em: 


Pedimos a todos que leiam previamente o texto e já tragam algumas dúvidas para a discussão.

Contamos com a participação de todos. Qualquer dúvida, entre em contato.

NESP - São Paulo

CAPB aprova a criação do NESP

Na reunião ordinária de 01/04/2011, o Centro Acadêmico Pereira Barretto, órgão oficial e representantivo dos estudantes de medicina da UNIFESP aprovou a criação do NESP (Núcleo de Estudos em Saúde Pública) - São Paulo. O objetivo do NESP é tornar-se um espaço de pensamento e reflexão sobre saúde, educação e sociedade, de forma a discutir as análises sobre os problemas que estão colocados atualmente e difundir críticas, de forma a contribuir com a resulação dessas questões e ainda colaborar com a formação política dos estudantes. O núcleo é aberto à participação de estudantes de outros cursos, bem como de profissionais já formados e demais interessados.

O primeiro encontro do NESP será no dia 08/04 (sexta-feira) às 17h, na sede do CAPB (Rua Pedro de Toledo, 840 - 1º andar). A discussão será sobre Determinação Social do Processo Saúde-Doença. O material para leitura prévia será encaminhado em breve.